quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Amo Rock in Roll!!! #Identificou-se?


A paixão pelo rock in roll é velhinha, lá dos anos 70. A relação da mulher com o rock sempre foi pejorativa, mas nos últimos anos isto vem mudando.

Este texto lindo do Ricardo Coiro resume tudo:

"Hoje escreverei sobre um tipo de mulher que, a meu ver, merece muito mais do que aquela modalidade de homenagem que os homens costumam prestar na privacidade do banho, se é que me entende. Falarei das moças que, apesar de não se portarem como as típicas princesinhas dos contos de fadas, conseguem encher os meus olhos de brilho e fazer com que eu, Ricardo Coiro, continue a ter fé na humanidade. Com prazer e coração em ritmo de AC/DC, dedico este texto àquela que, carinhosamente, eu curto chamar de “mulher-rock'n'roll”. 

Peço desculpa às moças que chamam o rock de “barulho” e que só descobriram a existência do Ozzy Osbourne graças a um reality show da MTV. Peço desculpa, também, às mulheres que já confundiram o Jimi Hendrix com o Seu Jorge, e que, em sã consciência, trocam os riffs do Eric Clapton pelo “rebolation” do Parangolé. Peço perdão, moças cujas veias não contêm o espírito rock'n'roll e cujos ouvidos andam totalmente entupidos por “tchê tchererê tchês”, mas, em minha opinião, vocês nunca serão parceiras tão divertidas quando aquelas que correm ouvindo Motörhead e que ligam, no meio da noite, só para perguntar: “Você viu que o Queens of the Stone Age virá ao Brasil? Vamos?”. Peço perdão, mulheres que não sentem vontade de mexer o pescoço quando escutam “Kashmir”, do Led Zeppelin, mas, se é que querem saber o que penso: vocês nunca serão companhias tão boas como aquelas que, depois que vão conosco a um show do Rage Against the Machine, voltam para casa sujas de lama, cheias de roxos e muito felizes. 

“Então você está afirmando que não namoraria uma moça que não curte rock?”, alguns, provavelmente, vão me perguntar. Respondo: claro que namoraria (já namorei, inclusive), mas, se puder escolher – coisa que o meu coração nem sempre me permite – opto sempre por aquela que usa a camiseta dos Ramones porque realmente curte – e conhece - o som dos caras, não por modinha. Se puder escolher, meu caro, certamente optarei por aquela que, quando entrar em meu carro, ao invés de me pedir para colocar naquela rádio que só toca lixão comercial, aumentará o volume do som e dirá: “Caralho! Essa é a melhor fase do The Clash!”. 

Mas se engana quem pensa que ser uma “mulher-rock'n'roll” se resume, apenas, a ter um iPod preenchido, principalmente, pelo som que o diabo gosta. Ser uma “mulher-rock'n'roll”, para mim, é ter atitudes que, por grande parte da sociedade (a parte que tem a bunda mole), não são consideradas como “coisa de mulher”. E, principalmente, não dar a mínima importância para o que pensam sobre o que elas pensam, ouvem, curtem e fazem. 

A “mulher-rock'n'roll”, quando sente fome e está a fim de dar um pontapé na bunda do regime, sem se importar com aqueles que vivem a dizer que as fêmeas devem comer pouco – ou quase nada! -, destroem metade de uma pizza (com borda e tudo!), e sorriem como criança em dia de Natal quando o garçom informa que o refrigerante é refil; ou seja, são as companhias perfeitas, certo? Não estou dizendo que elas não cuidam da saúde ou que nunca comem fibras e coisas verdes que ajudam o intestino a funcionar, porém, costumam ser ótimas companheiras de garfo – ou guardanapo sujo de óleo - em churrascos, botecos, barraquinhas de dogão e feiras nem um pouco gourmet. Elas não têm frescura e, quando uma abelha mergulha na garapa delas, ao invés de escândalo, apenas tiraram a inseto de dentro do copo e continuar a beber.

A “mulher-rock'n'roll” já curte MMA antes mesmo das aparição da Ronda Rousey no UFC. Ela assiste à porrada não apenas pelos corpos sarados que vê sobre o octógono, mas, também, por achar que um Demi-Plié (passo de balé), perto de uma canelada na cabeça ou de um mata-leão bem encaixado, tem tanta graça quanto as piadas do Zorra Total.

Resumindo: a “mulher-rock'n'roll” é, antes de qualquer coisa, uma pessoa de atitude e que não está nem aí para o que inventaram que ela deve curtir. E claro: ela é uma fantástica companheira para noites regadas a sexo, bacon e rock ‘n’ roll , em qualquer ordem que você quiser, ou, se preferir, tudo junto e misturado."


Fonte:
http://revista.cifras.com.br/artigo/talento-atitude-e-originalidade-as-10-grandes-mulheres-no-rock_5725
http://www.areah.com.br/vibe/atitude/materia/93669/1/pagina_1/por-que-eu-amo-a-mulher-rock-n-roll.aspx

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