quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ray (anônima), Divorciada, 1 filho, uma carreira e querendo sossêgo.



(enviada em 01-10-2014)

Oi Valentina, sigo você há muito tempo;
Minha vida tem sido um verdadeiro inferno. Namorei um cara no qual tive uma filha. Não estamos mais juntos porque não suportei a violência doméstica de todos os tipos e categorias que ele assim me fazia.

Fazia-se de ciumento, indo e vindo comigo para tudo quanto é canto e chegando a escolher as minhas roupas e corte de cabelo.

Crio a menina, sem nenhuma ajuda financeira dele, pois prefiro assim, pra ninguém da família dele ou ele mesmo ter direito de interferir na criação da minha filha. Ele nunca me deixou em paz, com pretexto de ver a filha, sempre dava um jeito de se meter e saber da minha vida, na esperança de reatar.

Quando ele viu que não voltaríamos em hipótese alguma, ele começou a fazer chantagens com a guarda da minha filha dizendo que eu sou portadora de transtorno bipolar e que por isto não teria eu condições de criá-la. Para piorar disse que eu pagaria uma pensão para ele ficar com a minha filha.

Valentina, eu tenho duas faculdades e uma pós-graduação, tenho emprego em serviço público, casa própria comprada com meu salário. Nada falta a minha filha. Diante disto e dos laudos da minha psiquiatra e terapeuta alegando que eu tenho plenas condições mentais de cuidar da minha filha, entrei na justiça pedindo a guarda.

Quando ganhei a guarda dela, ele numa visita à minha casa, se aproveitou que eu tinha sido medicada naquele dia e me estuprou umas três vezes. Um dia antes ele tinha me chantageado tanto que me destabilizei e por isto estava um pouco lenta. Ele aproveitou-se disto.

Dei queixa, mesmo ele ter dito que ninguém acreditaria numa louca, que toma remédios. No exame de corpo delito, fui maltratada pelo médico, pois além dele estar nervoso por motivos dele, ele reclamava que estava na hora de ir embora,  e ainda por cima o sistemas de prontuário médico estava fora do ar. E eu? ...naquela maca nojenta. Acabei não indo à delegacia e o processo foi arquivado.

Fiquei por um ano fazendo tratamento psicológico, exames para detecção de doenças sexualmente transmissíveis. Todo mês era isto!

Aí, eu consegui uma medida protetiva, mas perdi todos os meus parentes que com medo dele se afastaram de mim e pediram pra eu não fazer nada, que a culpa foi minha que abri a porta pra ele entrar.

Agora, vencida a medida protetiva, eu tive que me mudar, vender minha casa e morar em um apartamento com medo dele vir atrás de mim. Mesmo assim ele voltou a me ameaçar. Minha filha em uma da visitas à ele foi maltratada e para piorar ouviu ele me ameaçando e teve uma crise de THDA e entrou em depressão.

Denunciei no Conselho Tutelar, pois a polícia queria a gravação da ameaça.
Tempos atrás ele usou uma rede social para "infernizar" a minha vida, me xingando e incentivando os amigos dele e me ofender também.

Documentei tudo e fiz um B.O. na delegacia. Pediram uma medida protetiva, que até agora não saiu,. Ele mora fora da minha cidade, isto é Brasil!

Ele novamente começou a me "infernizar", aí ligue para a polícia. Ele quando soube disse que "a queixa não ficaria assim por menos."

polícia disse que nada pode fazer, ou algum parente denuncia que foi ameaçado, ou se ele voltar pra me agredir eu volto a dar queixa.Aí eu aleguei que ele não vai voltar pra me agredir e sim pra me matar, mas eles disseram que agora é com o fórum. toda semana estou lá e nada de resposta.

Fico indignada com nossa justiça, um estuprador, agressor, torturador fica livre pra fazer o que quiser. Ele andou toda a cidade que moro para ameaçar os meus parentes, mas gastar meia hora da intimação ele não pode, interessante isto!

Minha filha está em crise, gasto uma fortuna com psiquiatra infantil, remédios, terapia. Está traumatizada porque sofreu violência física, psicológica. ela não quer sair de casa. Aquele lixo é taxista, e a cada vez que ela vê um táxi tem crise de pânico.

Ela, não dorme sem antes verificar várias vezes se a porta do apartamento etá trancada, e também a porta do quarto, não quis mais o celular que tanto gostava e também abriu mão das redes sociais que ela tinha.

Depois de dois anos se recusando a -lo foi que ela contou a psicóloga e a mim o motivo..o pai colocou o dedo dela na porta e fechou, porque ela estava olhando o quarto da tia pela fechadura. Na época me entregaram a menina com o dedo esfolado,mas disseram que não foi lá, que não era nada de mais pra colocar na água com sal. Esse dedo rendeu duas entradas em emergências no hospital, mais de um mês de antibióticos, e eu sem saber o que tinha acontecido pra explicar ao médico e ela quieta pois foi ameaçada a não falar, se falasse ele faria mal a mim.

O processo de guarda unilateral que pedi tramita a 2 anos na justiça, mesmo tendo pago advogado, a queixa que dei em agosto deste ano até agora nada também, nada de medida protetiva, vivo isolada, com medo, ameaçada...não sei mais o que fazer. Me orientem por favor.

Podem publicar a minha história, vai ser bom para outra verem o que passo e tentarem sair ou nem entrar nesta. Adianta Maria da Penha para punir e a Maria da Penha para proteger? Estamos reagindo, mas cadê o suporte????

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