domingo, 4 de agosto de 2013

Mais uma grande mulher: "Margaret Hilda Thatcher"


...pela "classe" e "firmeza" que teve de
participar do governo do Reino Unido
Margaret Hilda Thatcher, Baronesa Thatcher LG, OM, PC, FRS (Grantham, 13 de outubro de 1925) é uma política britânica, primeira-ministra de 1979 a 1990.
Estudou ciências químicas na Universidade de Oxford e trabalhou quatro anos como investigadora química. Em 1951 casou-se com Denis Thatcher, um alto executivo da indústria petrolífera, que a introduziu na política. Em 1953 começou a estudar direito tributário. Ingressou no Partido Conservador, do qual o marido já era membro, e em 1959 ganhou um lugar na Câmara dos Comuns. Dois anos mais tarde foi nomeada secretária de Estado para Assuntos Sociais, e posteriormente ministra da Educação e Ciência, durante o mandato do conservador Edward Heath.

Seguidora da ideologia econômica de Friedrich Hayek, que admirava, aboliu a normativa que ordenava a distribuição gratuita de leite nas escolas, o que provocou uma onda de protestos. Considerada a líder mais enérgica da ala direita do Partido Conservador, substituiu Heath na direção do partido em 1975. Elaborou um programa rigoroso para inverter a crise da economia britânica mediante a redução da intervenção estatal e a implementação de um programa de privatização. Os principais postulados foram o liberalismo e o monetarismo estritos. Também reduziu os serviços sociais e, reduzindo o poder dos Conselhos de Salários (Wage Councils), praticamente aboliu o salário mínimo - que seu governo via como um estorvo às pregorrativas de administração (Rubery & Edwards, 2003, pp. 457-460). Em 1999, o salário mínimo foi restabelecido por Tony Blair.Estudou a renegociação para a participação do Reino Unido na CEE e para a abolição do poder sindical.

O seu programa recebeu o apoio da opinião popular, e em 1979 conseguiu que os conservadores ascendessem ao poder por ampla margem: converteu-se assim na primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro ministro do Reino Unido. Durante o seu governo conseguiu reduzir a inflação e melhorar a cotação da libra esterlina. No entanto, diminuiu a produção industrial, com o conseqüente incremento do desemprego, triplicado desde a sua subida ao poder.[3] Proliferaram também as quebras de empresas e bancos. Tudo isso deveu-se à austeridade que acompanhou a sua administração, dado que o objetivo de reduzir a inflação era prioritário. Não obstante, durante seu governo a inflação dobrou entre 1979 e 1980 (de 10 para cerca de 20% a.a.), e retornou aos dois dígitos no final de década de 1980. Em meados de 1981 a economia do Reino Unido mergulhou numa profunda recessão. Quando o nível de desemprego atingiu o recorde de 3 milhões (era menos de 1 milhão na posse Thatcher), as críticas às suas políticas econômicas se multiplicaram. Em 1981, numa famosa carta ao jornal Times, 365 economistas conclamaram o governo Thatcher a mudar as diretrizes de sua política econômica e a pôr um fim à recessão. Em 1979, acusou a política soviética de Leonid Brejnev, se aproveitando da ocupação soviética no Afeganistão, argumentando que a política de distensão era um meio de esconder o modo como a União Soviética feria os direitos humanos, Thatcher foi rebatida, e Brejnev acabou destacando as profundas medidas liberalistas tomadas por Thatcher, chamando-a de "imperialista", "servilista" e "colonizadora", e ofendendo a ela e à família real inglesa; por conseqüência de criticar a União Soviética, ela acabou ganhando o ódio de muitos socialistas, dentro e fora de seu país. Em 1982, Thatcher interveio energicamente na Guerra das Malvinas, o que foi um pretexto de ataque para os socialistas. A sua atitude foi muito bem vista pela opinião pública britânica, o que permitiu a Thatcher, nesse mesmo ano, obter a vitória eleitoral apesar da recessão e do desemprego, desta vez com a maioria mais folgada conseguida por um candidato desde 1935.

Nunca deve ser esquecido que, graças às ações do Partido Trabalhista - que eram muitas - até sua vitória na guerra das Falklands em 1982 (com grande apoio logístico dos Estados Unidos), Thatcher era a primeira ministra mais impopular da história.

Em 1984 enfrentou graves conflitos sociais, em especial a greve dos mineiros, que reprimiu com dureza. Em outubro desse mesmo ano, durante um congresso do seu partido que se celebrava no hotel Brighton, rebentou uma bomba colocada por um grupo de republicanos irlandeses, – Thatcher apoiava a retenção do Ulster pelo Reino Unido – atentado do qual saiu ilesa. Como chefe de governo continuou a sua política neoliberal, a privatização de empresas estatais, da educação e meios de ajuda social, a luta contra o desemprego e a limitação das greves. Relativamente ao conflito do Ulster, propiciou a abertura de conversações com a República da Irlanda e reforçou a legislação antiterrorista. Em 1987 ganhou de novo as eleições, mas nesta ocasião por uma margem muito mais reduzida. Thatcher recusou a união social e política do Reino Unido com a Europa e criou um imposto regressivo[5] (impostos regressivos são concebidos de forma que os de renda mais baixa paguem mais, os de renda mais alta paguem menos), o poll tax, o qual sofreu uma violenta e vitoriosa resistência popular [6] e a levou a perder o apoio de seu próprio partido. Não lhe restou outra alternativa para além da demissão. Sucedeu-lhe John Major, que indicou Michael Heseltine como Secretário do Meio Ambiente, dando-lhe a incumbência de desmantelar o poll tax.

Considerada como "O homem forte do Reino Unido", por Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos da América, devido à sua postura, bastante forte e masculina perante o poder.
Em 1992 Margaret Thatcher deixou a Câmara dos Comuns, ganhando lugar na Câmara dos Lordes como Baronesa Thatcher de Kesteven.
Títulos
  • Títulos de NobrezaLady Thatcher, MO, MP (4 de Fevereiro de 1991 - 16 de Março de 1992).
  • Lady Thatcher, OM (16 de Março de 1992 - 26 de Junho de 1992)
  • A Baronesa Thatcher, MO, PC (26 de Junho de 1992 - 22 de Abril de 1995).
  • A Baronesa Thatcher, LG, MO, PC (desde 22 de Abril de 1995).
  • Baronesa Thatcher de Kesteven , título nobiliárquico de Baronesa , que em 1992, foi-lhe concedido pala Rainha Elizabeth II dando-lhe um lugar na câmara dos Lordes.

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